No âmbito de mais um evento empresarial (rallypaper) com o intuito fomentar algum team building, foi-nos pedido para tirar uma foto emblemática de Portugal que fosse para além dos lugares comuns. Depois do team building, ou seja, beber bejecas e, basicamente, passar um fim de tarde de sexta-feira no deboche total, decidi apresentar um aspecto, bastante particular do imaginário masculino nacional, aos meus colegas de terras de sua majestade. O belo calendário publicidade de uma oficina (neste caso carptes, colchões e artigos vários para estufadores), presente em qualquer barbeiro que se preze, com uma foto de uma senhora voluptosa e bastante calorenta.
Lamento apenas que o dono (ou dona, tempos modernos) da casa tenha decidido manter esta jovem rapariga, certamente orgulhosa do seu país, gentes e costumes, no anonimato. Isto sim, é o verdadeiro Portugal, não é cá o que os ingleses vêem em filmes como o Love Actually.
Sim, aquele é o meu polegar e não, eu não escolhi manter o anonimato. Trata-se de anonimato forçado por azelhiçe do fotógrafo. A foto em si, ainda que devidamente explicada e enquadrada na categoria "símbolos nacionais alternativos", foi desclassificada, o que é pena. Cá para mim, os ingleses têm é inveja do produto nacional.