Contact...

4.17.2006

Toca lá isso outra vez, samuel!!! (II)

... ou A simplicidade do divino sob a forma de vibrações sonoras.

Segundo consta, a música pode induzir estados de alegria ou infelicidade na mente humana através da libertação de neurotransmissores específicos para cada um dos casos. Posto isto e ao escutar o último album de originais dos mogwai, Mr. Beast, deduzo que o meu cérebro esteja a marinar num caldo tépido de indutores de prazer. Prazer expansivo, explosivo e libertador. Os mogwai continuam a trilhar os caminhos do space rock, entre dinamismos de aceleração/desaceleração descendentes do math rock americano e a utilização bastante rara de vocalizações apenas como mais um instrumento. Se no passado os mogwai tiveram a ousadiam de dizer que "mogwai is slint", sendo os slint os pais do dito math rock, então hoje os mogwai são muito mais do que isso. Mais do que o dinamismo start/stop. Mr. Beast revela-se um caixinha de surpresas. Desde a faixa glasgow mega snake, com uma explosão controlada de guitarras, até i chose horses, um dos momentos mais divinos do album com um crescendo de piano, guitarras e efeitos sonoros de mãos dadas com spoken word em japonês.

Música para ouvir, com phones de preferência, e deixar-se levar.

mogwai

4.14.2006

Confidências (II)

i) Sou vidrado em tecnologia e ficção científica, culpa do meu geek interior. Naturalmente que dei nomes ao pc e periféricos... O pc chama-se nostromo e o nano chama-se derelict, uma pequena homenagem a um dos meu filmes favoritos, o Alien. O telemóvel foi baptizado de Plan 9!

ii) Não suporto televisão. Depois de trabalhar no meio há quase 2 anos, estou a ganhar fobia ao referido electrodoméstico. Principalmente quando um gajo chega a casa e uma tipa berra, desde ontem, de uma forma histérica na televisão "Oh Michael!". Michael, faz lá o serviço como deve ser à rapariga que eu já não a posso ouvir.

iii) Na consequência do ponto ii), tenho 26 anos e ainda vivo com os meus pais. Quando penso nisto imagino sempre o videoclip dos Queen "I want to break free". Excepto na parte do drag, isso dispenso...

4.13.2006

There you have it folks, your moment of zen... (III)

... Big Train - He-hehehe-he-he-heeehe



4.12.2006

Sonhos lúcidos (II)

Os keane serem raptados por um gang de lolitas moscovitas sodomitas e os Maximo Park tocarem no seu lugar. O resgate seria negado e os moços cedidos à máfia russa para trabalhar num cargueiro, perdido algures entre o báltico e a gronelândia. A sua dieta consistiria de cabeças de peixe e krill.

TOOLísmo (III)

O primeiro single, "Vicarious", vai ser lançado a 17 de Abril. Oh, a espera... Melhor do que o single e o album juntos, é que a nave-mãe dos TOOL vai descer sobre o Parque das Nações a 26 de Maio. Presença confirmada (o Maynard enviou-me um sms ontem... é um querido...) no SBSR.

Já que falamos nisso... a ver: dEUS (outra vez, espero que o alinhamento seja diferente e que desta vez toquem a porra do Hotel lounge), Alice in chains (como será a experiência AnC sem Layne Staley?), EDITORS (um dos melhores de 2005), Franz Ferdinand (uma banda que não sucumbiu sob o peso do próprio hype, temos que lhes dar esse mérito) e Deftones (já agora...).

4.11.2006

There you have it folks, your moment of zen... (II)

... The Fast Show - Bono estente, pussycat.

Prémio Insatisfação garantida e o seu dinheiro não volta (II)

Guardar um iPod nano com um isqueiro no mesmo bolso é mau Karma. Uma hecatombe existêncial à espera de acontecer. Tenho o visor todo ratado, MESMO NO SÍTIO ONDE MOSTRA A FAIXA, ou seja, não consigo evitar olhar para o dito "ratanço". Diga-se a favor da minha pessoa que não sabia que tinha um isqueiro no bolso. Em todo o caso... hoje sim, arrependi-me de fumar. A apple, sempre muito prestável e solícita, permite a substituição do visor, mas o custo é quase idêntico ao de um iPod novo.

Ora, pénis para isto...

4.07.2006

Paneleirisses (II)

É o retrato de um país aplicado ao futebol.
Tem tudo o que é preciso, só perde por ser mole.
Toca a acordar, pessoal!
Queremos mais garra,
deixar de ficar felizes quando a bola vai à barra.
Vamos com tudo, meter o pé, chutar sem engano,
Que o último a chegar é cigano.
Ter medo deles? Isso era dantes!
Vamos embora encher de orgulho os emigrantes.
Sem esquecer que nas grandes emoções
quando grita um português, gritam logo 15 milhões.

Hey, não olhem para mim dessa forma. Estou apenas a fazer um exercício linguístico sobre abstracção...

Paneleirisses

Paneleiro, puta, cabrão, filho da puta, caixa d’óculos, sapatona, vaca, cabra, betinho, galdéria, anormal, idiota, atrasado mental, chato, puta de merda e cabrão do caralho são insultos. Apenas insultos. Insultos que ofendem apenas (quando ofendem) a quem são dirigidos. No caso da letra a quem , no abstrato “se corta a dar o litro”.

Para mim a liberdade de expressão não tem excepções.


Insultos são apenas insultos? Pedro Bidarra perde-se em semânticas. As palavras são apenas palavras é certo quando desprovidas de sentimento, o que não é o caso: "O último a chegar é paneleiro". Ninguém gosta de ser o último por ser um sinal de fraqueza, de derrota, e nesse sentido o prémio (ou seja, castigo) seria a adjectivação de paneleiro. Vamos remeter então a realidade do termo perjurativo "paneleiro" para o "abstracto", e dormir de consciência limpa esta noite. Denial is bliss e a abstracção também o aparenta ser.

E já que fala de liberdades, meu caro, o mercado em que estamos também ele é livre. A "liberdade de expressão" da BBDO, argumento de último reduto para justificar a sua atitude preconceituosa, acaba por custar ao seu empregador, a GALP, o descontentamento entre os utilizadores dos seu produtos. A GALP acaba por ter o que mereceu, afinal de contas, pois foi ela que deu a luz verde ao anúncio que a BBDO criou.

4.04.2006

Vícios (III)


Old school suede crimson red Pumas. Sou uma vítima do meu sentido estético.

red

Timewarp, cortesia Liz Fraser

A preparação para o esperado album dos TOOL foi interrompida temporariamente, tudo graças a Elizabeth Fraser e companhia. Refiro-me, naturalmente, aos Cocteau Twins que cometeram a deliciosa audácia de lançar a colectânea de singles, b-sides e a-sides "Lullabies to Violane". Este opus menor da célebre (e saudosa) 4AD (versão eights, ou seja, pré Red House Painters) está em repeat no cantante do Wolfing Hour, principalmente "The Spangle Maker". Os Cocteaus, e a Liz, no seu melhor. Ao todo são quatro cds, que traçam o percurso dos Cocteaus desde o EP Lullabies até o EP Violane. 14 anos (1982 até 1996) de muita e boa música.

Altamente recomendável e uma razão, tão boa como qualquer outra, para tirar o pó ao belíssimo Treasures. Efeito colateral expectável é revisitar, num futuro próximo, qualquer um dos seguintes: It'll end in tears dos This mortal coil, Spleen and ideal dos Dead can dance, qualquer album dos Bauhaus ou, porque nem só de 4AD vive um homem, Greed/Holy money dos Swans.


ct

4.01.2006

Sorte/Azar

Eu sabia que ir ao Casino Estoril seria deprimente, porque posso juntar ao azar no amor e ao azar no trabalho o completo azar ao jogo. Resta saber ao que é que eu tenho sorte.