Confidências (III)
i) Estou desocupado, mas não livre (emocionalmente).
ii) Estou, no fundo, encalhado.
iii) Acredito que o universo (Deus, Ala, insira-a-sua-dividade-de- preferência-aqui) não dorme em serviço. Há quatro anos atrás acredito que mereci conhecer o ex-Sr. Graven. Toda a gente diz o mesmo, que é preciso olhar em frente em e não para trás. Eu próprio o digo, de uma forma completamente racional. No mesmo dia, disse-o a duas pessoas diferentes. A resposta foi idêntica, um encolher de ombros, que fica algures entre o conformado e o derrotista. Eu? Eu encolho os ombros também e penso num dia em que vou acordar, qual tabula rasa emocional, pronto para algo novo e completamente diferente. Até lá, a música teima em pautar o ritmo dos meus dias e o meu estado de espírito. Aquela musiquinha bem deprimente do Moby com orgão casio a acompanhar-me no barco a caminho de Lisboa. A outra, igualmente deprimente, da Sinead O'Connor no Irish, em que a tipa fica esparramada na sepultura de alguém. E ainda a dos Tv on the Radio, em que o moço não consegue deixar de ficar "worried and wondering" pois "all your dreams are over now/All your wings have fallen down". A prova de que o universo não dorme mesmo em serviço, ficou reservada para o final de noite, altura em que num qualquer autocarro nocturno, encontrei um pequeno tónico sob a forma de um tipo bem giro e com o qual tive um encontro, que teve tanto de fortuito como de furtivo, na porta 14 de uma rua qualquer em almada. Não resolve o problema do coração, mas distrai a mente e sacia o bichinho da luxúria.
ii) Estou, no fundo, encalhado.
iii) Acredito que o universo (Deus, Ala, insira-a-sua-dividade-de- preferência-aqui) não dorme em serviço. Há quatro anos atrás acredito que mereci conhecer o ex-Sr. Graven. Toda a gente diz o mesmo, que é preciso olhar em frente em e não para trás. Eu próprio o digo, de uma forma completamente racional. No mesmo dia, disse-o a duas pessoas diferentes. A resposta foi idêntica, um encolher de ombros, que fica algures entre o conformado e o derrotista. Eu? Eu encolho os ombros também e penso num dia em que vou acordar, qual tabula rasa emocional, pronto para algo novo e completamente diferente. Até lá, a música teima em pautar o ritmo dos meus dias e o meu estado de espírito. Aquela musiquinha bem deprimente do Moby com orgão casio a acompanhar-me no barco a caminho de Lisboa. A outra, igualmente deprimente, da Sinead O'Connor no Irish, em que a tipa fica esparramada na sepultura de alguém. E ainda a dos Tv on the Radio, em que o moço não consegue deixar de ficar "worried and wondering" pois "all your dreams are over now/All your wings have fallen down". A prova de que o universo não dorme mesmo em serviço, ficou reservada para o final de noite, altura em que num qualquer autocarro nocturno, encontrei um pequeno tónico sob a forma de um tipo bem giro e com o qual tive um encontro, que teve tanto de fortuito como de furtivo, na porta 14 de uma rua qualquer em almada. Não resolve o problema do coração, mas distrai a mente e sacia o bichinho da luxúria.
2 comments:
Percebo, subscrevo e identifico-me com tudo, (in)felizmente (?). O problema mesmo é quando, às vezes, os (meus) encontros fortuitos não resolvem absolutamente nada; só aumentam aquele vazio estúpido. E ainda me condenam por ter deixado de acreditar nessa "coisinha doida chamada amor" (tradução literal/humorística de crazy little thing called love). Contudo, tento acreditar que melhores dias virão; se fosse com a mesma pessoa seria ouro sobre azul. Mas tento não pensar muito nisso porque, bolas, faz rugas! Lixado quando se encontra "the right one", não se fica com ele (como nos estúpidos contos de fadas) e todos os outros nos parecem medíocres. Há quem diga que eu deva baixar a fasquia... :)
Somos todos vítimas da sociedade e dos media (a figurinha do coitado é tão deliciosamente confortável), que nos incutem estes contos de fadas idiotas, quando não os conseguimos alcançar.
Quando à fasquia... never settle for less or second best, my dear. :)
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